domingo, 30 de setembro de 2007

Todos são iguais perante a lei?

Raízes Rasta - Da Cor Da Pele

OLHE PARA FRENTE, NÃO DESCRIMINE NÃO
RAÇA AQUI NÃO É NADA, PONHA SEUS PÉS NO CHÃO

A UNIÃO DE TODOS
FARIA COM QUE O PRECONCEITO ACABASSE
COISA DE QUEM É INCAPAZ
POR ENXERGAR SOMENTE A COR
SENDO ASSIM, DECRETADA A PAZ

DEIXE DE LADO O PRECONCEITO
CADA UM TEM SEU VALOR
ABRA SEU PEITO
SINTA A CALMA INTEIRIOR

BRANCO, NEGRO
NÃO IMPORTA

sábado, 29 de setembro de 2007

Clássico infantil é acusado de racismo


“Tintim” é uns dos personagens mais famosos do mundo dos quadrinhos, mas tem sido constantemente acusado pelo conteúdo racista em suas histórias.

O movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP), umas das mais importantes organizações francesas contra o racismo, solicitou a Editora Casterman, que publica diferentes álbuns de “Tintim”, que inclua na nova reedição do livro “Tintim no Congo” um alerta de “preconceitos raciais”.

Em julho desse ano a Comissão britânica para a Igualdade das Raças (British Commission on Racial Equality), acusou o livro de racista e pediu que ele fosse retirado de circulação. Em conseqüência dessas denuncias umas das grandes livrarias britânicas, Borders, resolveu tirar o livro da seção “literatura para crianças” e colocá-lo em “tiras cômicas para adultos”. Poucos dias depois um estudante do congo apresentou na justiça da Bélgica, uma queixa para denunciar o caráter racista da publicação e para solicitar suspensão da venda.

No início de setembro, o Conselho Representante das Associações Negras (CRAN), na França, considerou a tira ofensiva e solicitou à Casterman que a retirasse das livrarias. "Nesta tira cômica, os estereótipos sobre os negros são particularmente numerosos", afirmou Patrick Lozès, presidente do CRAN.

"Os negros são mostrados como imbecis e até mesmo os cachorros e os animais falam francês melhor", disse Lozès, recordando que o próprio autor da tira, Georges Remi (Hergé), havia reconhecido que teria escrito a tira "sobre forte influência da época colonial".

A primeira publicação de “Tintim no Congo” foi em 1930, lançada pela revista Belga Lê Petit Vingtième.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Preconceito digno de Oscar

No mundo pós 11 de setembro o preconceito que antes era tratado de forma velada chegou à superfície. Prova disso veio no Oscar de 2006 quando o filme Crash levou a estatueta de melhor filme. O longa faz um retrato do preconceito e da intolerância que marcam a sociedade americana atual.

São varias historias interligadas durante dois dias na cidade de Los Angeles envolvendo uma coleção de personagens inter relacionados. Um detetive da policia com uma mãe drogada e um irmão ladrão de carros; dois assaltantes; o procurador e sua estressada e fútil esposa; um policial racista e seu jovem parceiro idealista; um diretor de Hollywood e sua mulher; um imigrante persa que compra uma arma para proteger a sua loja; um chaveiro latino e sua filha, entre outros.

É um ótimo filme que faz refletir sobre a força do preconceito no mundo moderno.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Síndrome do Preconceito

Dentre as diversas formas de preconceito e xenofobia que existem, há também aversão àquelas pessoas que já nascem diferentes. Uma diferença que é causada por um erro na divisão das células durante a formação do bebê (ainda feto), a chamada Síndrome de Down. Apesar de avançada, a ciência ainda não descobriu o motivo que causa esse erro, impedindo que haja uma prevenção.

A disparidade entre uma pessoa normal e uma pessoa com síndrome de down é visível.
Além de a fisionomia ser diferente, eles geralmente possuem os olhos mais puxados, o seu lado intelectual também é afetado, requerem atenção redobrada, pois aprendem mais devagar do que os demais.

Hoje em dia, este problema já é mais conhecido e existem mais recursos que permitem melhores condições de vida para os “Síndrome de Down”, porém um grande obstáculo ainda a ser passado é o preconceito. Quem não conhece alguém que seja portador da síndrome e/ou sabe a respeito, costuma enxerga-los com olhos preconceituosos, sem saber o carisma e a alegria que essas pessoas especiais transmitem.

É preciso um pouco mais de bom senso da parte de todos aqueles que carregam o preconceito com sigo, para que pelo menos saibam a respeito do que estão falando e criticando. Independente se a discriminação seja contra Síndrome de Down, negros, mulatos, índios, estrangeiros ou homossexuais.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Lágrima de Preta




Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.



Este poema, do famoso poeta português António Gedeão, retrata bem como uma pessoa pode se enganar ao pensar que alguém de outra raça ou etnia possui características humanas diferentes das suas.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A mudança no exercício do preconceito

Já dizia um poeta do fim do século XX: "Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro." Frase dita por Cazuza. O que ele queria dizer com isso? Afinal na rua as pessoas simplesmente olham para você e criam uma imagem sua dependendo da roupa que você veste ou da sua cor. Na rua se veem um negro correndo já acham que ele é ladrão, um homem com uma cor de roupa mais extravagante já o conceituam de bicha e um jovem com os trajes mais largados já é denominado de maconheiro. Ainda se fosse apenas um número seleto de pessoas que tivessem esse ponto de vista, mas muitas pessoas importantes as tem, principalmente policiais.

Pessoas que são contratadas para proteger a população, muitas vezes fazem o contrário abusando do seu poder e abordando pessoas inocentes e os destratando, enquanto outros fazem acordos com traficantes e com pessoas que os sonegam em busca de favores. O preconceito não existe só pela parte deles, nós também muitas vezes olhamos para alguém e o julgamos, estamos habituados a classificar as pessoas de acordo com que elas demonstram, não o que elas de fato são.

Se mudarmos nossa mentalidade, muitos crimes e a violência causada pelo preconceito e pela xenofobia pode ter uma diminuição significativa. O pensamento de paz e união só é aceito quando temos na cabeça que somos todos iguais e ninguém é melhor que ninguém.

O Racismo no Brasil


O racismo no Brasil é algo que apesar de já ter diminuído, ainda é perceptível. Foi realizada uma pesquisa na Universidade de São Paulo (USP), e 97% dos entrevistados afirmaram não ter preconceito, mas 98% disseram que conhecem pessoas racistas. Esse estudo foi citado no livro “Racismo no Brasil” da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz, a obra ajuda a compreender os motivos da existência de racismo no país.

Racismo este, que foi presenciado em agosto em um hospital no Espírito Santo, no qual um médico chamou sua paciente de “negrinha safada”. Ele foi preso e condenado por injúria qualificada, crime que prevê detenção de um a três anos.

Esse tema, o preconceito racial é um tanto quanto polêmico, uma vez que muitas pessoas têm sim o preconceito assumido, com más intenções, mas também há o preconceito que vem pela condição que foi criada aos negros desde o inicio. O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão e, mesmo com a abolição em 1888, foi difícil de recomeçar uma vida com melhores condições. Hoje é comum ver pessoas associando negros a pobres e até fechando os vidros nos faróis ao verem um negro se aproximando. Mas, mesmo que ainda haja o racismo, é importante que no mínimo haja o respeito.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Cresce o número de crimes xenófobos na Rússia

Um estudante iraniano foi assassinado no sul de Moscou no último dia 17, de acordo com o que informa o Ministério do Interior russo.

A vítima foi assassinada com várias punhaladas e morreu a caminho do hospital. A polícia russa investiga as circunstâncias do crime.

Uma facção criminosa que cometia vários assassinatos xenófobos foi desarticulada recentemente pela polícia russa.

Foram cometidos 21 assassinatos por motivos racistas somente na primeira metade do ano, na Rússia, quase o dobro que no primeiro semestre de 2006. A maioria dos ataques é de responsabilidade de grupos ultranacionalistas contra imigrantes da Ásia Central, estudantes estrangeiros e homossexuais.

Recentemente, um homem confessou ter difundido no site Livejournal um vídeo que exibe imagens do assassinato de dois homens, um decapitado e outro fuzilado, por grupos neonazistas.

No vídeo era possível ver dois homens encapuzados que, após os assassinatos, gritando "Glória à Rússia" com uma bandeira nazista ao fundo.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Xenofobia em video

A Anistia Internacional é uma organização não-governamental que trabalha em todo o mundo para lutar contra os abusos dos direitos humanos e mudar leis que em algumas ocasiões tratam de legitimá-los. Ela foi criada em 1961 pelo advogado britânico Peter Benenson após tomar conhecimento da sentença de sete anos de prisão proferida contra dois estudantes portugueses, por terem feito um brinde à liberdade, durante o regime de António de Oliveira Salazar.

Com sede mundial em Londres, a Anistia Internacional luta para libertar os prisioneiros de consciência (termo criado por ela para definir os presos por cor, raça, orientação sexual ou religiosa); para garantir julgamentos justos para prisioneiros políticos; para abolir a pena de morte, a tortura e outros tratamentos considerados cruéis aos presos; para acabar com os assassinatos políticos e os desaparecimentos; e para lutar contra todos os abusos aos direitos humanos, seja por governos ou por quaisquer outros grupos.

Graças a Anistia Internacional o ano de 2007 recebeu a designação de: “Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades para todos”, como um reconhecimento de que a discriminação na UE vai para além do racismo. Em uma das campanhas foi divulgado um video que ataca o racismo e a xenofobia existente em Portugal.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Xenofobia e violência

Na última segunda-feira três jovens suspeitos pela morte de um índio foram presos em Miravânia, Minas Gerais. Os rapazes, 15, 16 e 18 anos teriam espancado Avelino Nunes Macedo, 25, da aldeia dos xacriabás. O caso nos faz voltar no passado e relembrar o que aconteceu em Brasília alguns anos atrás. Naquela ocasião, jovens colocaram fogo em um índio que dormia na rua.

Assim como no fato passado, o mais recente conta com a presença de jovens da classe média que se defendem com o argumento de que não tinham a intenção de matar e sim de fazer apenas uma brincadeira. Porém é incompreensível tal atitude e ainda este tipo de defesa. Em ambos os casos nenhum dos jovens conheciam o índio e não tinham nem se quer um motivo para fazer tal “brincadeira”.

Atitudes como estas são claros exemplos de xenofobia e como ela pode acabar em violência. Desta vez sofrida pelos índios que estão sendo cada vez mais esquecidos e marginalizados. Os índios que eram donos da terra onde moramos hoje são obrigados a se excluírem para que não se tornem vítimas da brutalidade humana das cidades que são tão “avançadas”.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Xenofobia no Equador contagia até mesmo as autoridades

Foi publicada hoje no site Adital uma matéria sobre a xenofobia no Equador contra colombianos e peruanos. Essas pessoas são muitos vulneráveis, por fugirem de seu país ao verem suas vidas ameaçadas, e têm sofrido grande preconceito por parte dos equatorianos em relação à sua origem, sendo facilmente associados a marginais.

Segundo a especialista em temas migratórios Martha Cecilia Ruiz, essa má fama se deve grande parte à polícia e à alguns meios de comunicação, visto que estes criaram a imagem de que as guangues de bandidos estão sempre ligadas a líderes colombianos. Toda esta xenofobia gerada não atinge uma população pequena, em um país que recebeu cerca de 7.000 colombianos nos últimos dois anos como refugiados.

Quem sentiu o preconceito na pele foi Ingrid, 32 anos, nascida na Colômbia e residente no Equador há sete anos. Na semana passada, a mulher se encaminhou a uma delegacia para denunciar o roubo de seu telefone celular. Porém, tudo o que conseguiu foi a afirmação de que ali não recebiam denúncias de colombianos, e sim contra eles. Além disso, o secretário da dependência policial lhe aconselhou a procurar outra delegacia.

Ao analisar casos como estes podemos concluir que, se nem as autoridades se preocupam em manter o Equador um país receptivo e sem preconceitos, não podemos esperar muito da grande população, que em sua maioria acredita em tudo que vê nos grandes veículos de comunicação.


Link da matéria aqui.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O Nordeste é o espelho onde o Brasil recusa ver a própria face


O “boom” migratório de nordestinos para São Paulo foi em 1935 quando houve um plano incentivador dessa migração. Os nordestinos teriam trabalho, sua passagem de vinda era paga pelo governo e recebiam um salário para seu sustento e o de sua familia.

Hoje, a cidade de São Paulo é uma grande mistura de culturas, de pessoas de todos os lugares do país e do mundo. E o número de nordestinos que vieram para a grande metrópole em busca de melhorias de vida é muito grande. De acordo com o Censo do IBGE de 2000, 19,62% da população de São Paulo é nordestina.

Mas infelizmente esse convivio entre paulistanos e nordestinos nem sempre é amistoso. A maior reclamação que se ouve é a de que esses migrantes vêm para roubar seus empregos. “Os preconceitos habitualmente ficam exacerbados em situações de crises econômicas e so­ciais, quando a luta pela sobrevivência no mercado de traba­lho se agudiza e se procura eliminar rivais e concorrentes. Ou seja, na enorme crise econômica e social que vivemos, não é surpreendente que nordestinos, judeus e outros gru­pos, sobre os quais é lançado todo o mal e toda imperfei­ção, passem a ser hostilizados.”*

E a agressão parece não parar por ai, os nordestinos muitas vezes são vítimas de xingamentos, abusos morais e psicológicos. Agora eu me questiono, que culpa tem esses nordestinos que deixaram suas cidades, onde não possuiam condições dignas de sobreviver, para procurar novas oportunidades? O buraco é mais embaixo. Ao invés de perder tempo criticando-os, nós paulistanos deveríamos exigir do Governo atitudes para melhorar essa situação.

* de Sérgio Telles psicanalista e escritor
Publicado em Psychiatry on Line - Outubro de 2006 - Vol.11 - Nº 10

Foto- www.stm.sp.gov.br/pitu2020/retrospec/g27.gif

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Homem-bomba brasileiro?

Mesmo após dois anos da tragédia, o inconformismo ainda toma conta de nós. Confundido com um homem bomba, o eletricista Jean Charles de Menezes, no dia 22 de julho de 2005 foi morto morto pela polícia britânica no metrô de Londres com oito tiros à queima roupa . Motivo? Desconfiaram que ele era um terrorista árabe que havia tentado praticar um atentado no dia anterior na capital.

Apesar de especialistas não julgarem o Brasil como um país diretamente afetado com o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, Jean também foi vítima indiretamente da xenofobia pós- world trade center, alimentada cada vez mais pelos governos das super potências que além de sustentarem a guerra contra o suposto terror- gerando assim apenas mais terror- acobertam xenófobos, como os policiais britânicos que mataram o brasileiro, por meio de processos mal-sucedidos.

Além disso, a família da vítima, bem como a maioria dos brasileiros não se conformou em assistir a execução, como muitos temem denominar o ocorrido. Passeatas e protestos foram organizadas por todo o brasil para que os responsáveis fossem punidos e para que o fato não fosse interpretado apenas como um erro de procedimento.
As autotridades britânicas, que apenas se preocuparam apenas em se dizer desapontadas com a ação da polícia local, também fizeram questão de impedir a família, por vias legais, de solicitar uma segunda autopsia, encobrindo ainda mais a verdade.

domingo, 16 de setembro de 2007

Spanglish

A migração de latinos para os EUA atingiu a musica. No novo single da banda White Stripes um trecho da letra faz refencia direta ao preconceito da classe media americana contra os latinaos.

Well, Americans:
What, nothin' better to do?
Why don't you kick yourself out?
You're an immigrant too.

Tradução:
Americanos brancos, o quê?
Não tem nada melhor para fazer?
Porque vocês não dão um ponta pé em vocês mesmos
Vocês são imigrantes também


Aproveite o clipe da musica.
The White Stripes - Icky Thump

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sexta-feira, 14 de setembro de 2007

"Racismo e Xenofobia"

"Não seremos todos iguais? Não teremos todos os mesmos direitos? Porque será que uns são mais iguais que outros?

temos cores diferentes
mas somos iguais
somos inteligentes
poderemos ser mais

dá-me um sorriso
eu dou-te a mão
tudo o que for preciso
para ser teu irmão

junta-te a nós
fortalece a união
levar longe a nossa voz
nesta linda canção

canção de igualdade
justiça e amor
por cada amizade
plantarei uma flor

vamos unir as mãos
esquecer nossa cor
viver como irmãos
é aliviar minha dor

não importa a tua raça
não importa a tua cor
para tudo ter graça
só precisamos de amor

povos da humanidade
esquecei vosso ódio
vivei em fraternidade
enriquecei vosso espólio

na história do mundo
houve sempre racismo
queremos amor profundo
e acabar com este cinismo

aperta minha mão
meu amigo serás
consola meu coração
juntos construímos a paz"

poema do angolano, João Oliveira

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

S.O.S Nacionalismo





Queimem todas bandeiras
Destruam todas fronteiras
Não seja mais um escravo
Não obedeça ao estado
Não morra por um país
Que nunca fez nada por você
Não faça o que não queres
Para depois se arrepender
Destrua o preconceito
Somos todos iguais
Não é a cor ou o sexo
Que nos torna menos ou mais
Faça a coisa certa
Não seja mais uma ameba
É o seu nacionalismo
Que faz a guerra
Nacionalismo nada nos traz
Nós somos todos iguais
Só traz a guerra, xenofobia
O preconceito e a desigualdade
Acaba com a idéia em que algum dia
Possamos viver em igualdade
Lutamos pela anarquia
Lutamos por solidariedade
E a luta contra nacionalismo
É a luta pela liberdade


Geração Suburbana - S.o.s Nacionalismo

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Estudo de Universidade alemã aponta xenofobia crescente

Um estudo que vem sendo realizado há mais de dez anos pela Universidade de Bielefeld, na Alemanha, aponta rumos nada alentadores para o país. A pesquisa analisa as tendências da sociedade alemã diante de pequenos grupos sociais.

Segundo o professor Wilhelm Heitmeyer, coordenador do projeto, existe um crescente abismo entre as diferentes classes e grandes níveis de xenofobia e aversão a minorias. O estudo mostrou que mais de 65% da população alemã possuem posições xenófobas e acreditam que a quantidade de estrangeiros que vivem na Alemanha é alto demais.

Um dos fatores mais alarmantes observados pela pesquisa, porém, é o fato de quase 58% das pessoas declararem não poder se imaginar vivendo em um local habitado por muitos muçulmanos. Ou seja, uma ‘islamofobia’ declarada.

Diante de uma postura como essa podemos esperar desintegração social, segregação étnica e o recuo dos migrantes com a formação dos guetos. "Isso deveria ficar claro: se entre a população existem posições avessas ao islã e, de certo modo, aos muçulmanos em geral, isso acaba sendo a água que move os moinhos de grupos islâmicos extremistas", declarou Heitmeyer.

Podemos compreender, portanto, que enquanto os muçulmanos não forem tratados como iguais e sem preconceitos pela grande massa da sociedade, os grupos extremistas nunca deixarão de agir para defender seus direitos. Mesmo que, para isso, usem métodos pouco convencionais.
Créditos da foto para CMI Brasil

terça-feira, 11 de setembro de 2007

O Aumento da xenofobia pós 11 de setembro

Há exatos 6 anos o atentado de 11 de setembro aos EUA reforçou uma xenofobia em relação ao mundo islâmico pela forte associação criada entre islamismo e terrorismo. Entre discursos maniqueístas do presidente Bush, aprovações de leis que permitem detenção de estrangeiros baseada em critérios étnicos e religiosos, um indiano e um egípcio assassinados por serem confundidos com árabes, viu-se uma onda de preconceito e ódio muito grande direcionados e generalizando os muçulmanos. Do livro “O Islã” de Paulo Daniel Farah: “Vinte e cinco dias após os atentados, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas já registrava 1.500 atos de hostilidade contra muçulmanos. As vítimas islâmicas dos atentados à Costa Leste norte-americana --entre 600 e 1.400, segundo estimativas-- praticamente não foram citadas.”.

Forte colaboradora para essa xenofobia é a ignorância existente nos países ocidentais sobre a cultura Islâmica. A maneira de menosprezar essa cultura e de não estudá-la para melhor compreendê-la. “A visão que países como França, Reino Unido e, mais recentemente, Estados Unidos apresentam do Oriente Médio --berço do Islã - muitas vezes visa referendar práticas político-econômicas de cunho colonialista. Conceitos difundidos por orientalistas, como "mentalidade árabe" e "caráter tipicamente islâmico", por exemplo, são fruto de ignorância, ingenuidade ou má-fé deliberada, além de um complexo de superioridade que está no cerne de historiografias infelizes. Essa mistificação também serve de base, com freqüência, para intervenções militares que poderiam ser evitadas com uma análise mais profunda.” Também do livro de Paulo Farah.

É inegável que essa xenofobia pode ser compreendida, uma vez que o atentado às Torres Gêmeas foi um massacre e que de fato houve essa associação de terrorismo e islamismo, mas ao mesmo tempo, o egocentrismo e o forte ego norte-americano foram tembém grandes geradores de toda essa situação.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

skinhead - fusão de raças?

No último dia 9, um grupo de skinheads foi preso em Israel, acusado de ter agredido imigrantes, homossexuais, judeus e árabes. Mas, o que poucas pessoas sabem é que, na verdade, o movimento skinhead surgiu da fusão cultural de brancos e negros, que cultuavam a violência e virilidade na Inglaterra, na década de 60.

Ao longo dos anos 70, vários pequenos grupos skinheads foram criados, abrangendo negros e brancos, como o "Two Tone", que significa "dois tons", uma referência às cores preta e branca.
A partir dos anos 80, devido a grande pressão acerca da infiltração do preconceito racial, ocorreu uma grante fragmentação nesse movimento. Desde então, esses grupos se tornaram rivais e costumam se enfrentar fisicamente.

Destas fragmentações, surgiram grupos racistas, como os Carecas, no Brasil, de caráter ultra-nacionalista, fascista e conservador, promovendo a violência contra homossexuais, esquerdistas, judeus e outras minorias.

sábado, 8 de setembro de 2007

Genocídio armênio

Genocídio é definido como o assassinato deliberado de pessoas motivado por diferenças étnicas, nacionais, raciais, religiosas e (por vezes) políticas. Pode referir-se igualmente a ações deliberadas cujo objetivo seja a eliminação física de um grupo humano. Ao longo da historia diversos eventos foram considerados como genocídio. Muitos deles tiveram entre seus motivos o preconceito entre dois grupos.

Entre 1915 e 1917 ocorreu o que muitos consideram como o primeiro genocídio do século XX. O Holocausto armênio, que foi a matança e deportação forçada de até 1,5 milhão de pessoas de origem armênia que viviam no Império Otomano.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano convocou todos os seus homens para lutar. O recrutamento não foi bem-recebido por muitas das minorias étnicas e religiosas do império. Um dos grupos que se rebelou contra a guerra e a opressão de Istambul foram os armênios.

Para a Turquia, as mortes foram o resultado de uma guerra civil, agravada pela fome e por doenças, durante o colapso do Império Otomano. Além disso, o governo turco contesta os números armênios, alegando que eles são exagerados. Eles rejeitam o termo genocídio organizado e que as mortes tenham sido intencionais.

O assunto possui importância hoje, pois a atitude dura da Turquia frente a suas minorias é algo que gera objeções na sua corrida para ser admitida na União Européia.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Xenofobia contra colombianos e peruanos

O Equador é um país pacifico, mas nos últimos anos vêem enfrentado o preconceito de alguns equatorianos contra colombianos e peruanos. Segundo a ACNUR (Alto Comissariado das nações Unidas para Refugiados), nos últimos dois anos 7.135 entraram refugiados no país, sendo que mais de 98% eram colombianos.

O grande número de refugiados colombianos aumentou desde dezembro de 2000, quando teve inicio no Plano Colômbia, um plano criado pelo governo dos Estados Unidos que destina-se oficialmente a combater a produção e o tráfico de cocaína.

A polícia e alguns meios de comunicação criaram a imagem de que os refugiados são os líderes de gangues de bandidos que agem no país, denominando-os de “delinqüentes com sotaque colombiano”.

Ingrid, uma colombiana de 32, residente no Equador a sete anos, relatou que foi a uma delegacia para denunciar o roubo de seu telefone celular e lhe disseram que ali não recebiam denuncias feitas por colombianos e sim contra eles.

Esse caso é um entre muitos denunciados sobre xenofobia, que vem aumentando nos últimos dias.

Fonte:

http://www.adital.com.br/site/index.asp?lang=PT

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Xenofobia dentro das quatro linhas


Paixão mundial, o futebol sempre esteve ligado a questões políticas, sociais e culturais. E inevitavelmente o esporte sofreu e ainda sofre com casos de racismo e xenofobia. Todos se lembram do caso envolvendo os jogadores Grafite, do São Paulo, e Leandro Desábato, do Quilmes da Argentina. Na época a repercussão foi enorme e os debates sobre racismo e preconceito no esporte estavam em pauta.

Para explicar e entender este caso em particular muito se falou a respeito de racismo e xenofobia entre brasileiros e argentinos. Mas, como o futebol é um assunto que envolve paixão e amor o episódio foi discutido no meio futebolístico por outros conceitos. Jogadores e ex-jogadores disseram que dentro de campo é muito comum haver insultos entre os atletas, que tentam dessa maneira desconcentrar os adversários. Muitos apoiaram e muitos reprovaram a ação de Grafite, mas o jogador inegavelmente foi vítima de racismo e agiu conforme seus direitos.

O racismo e a xenofobia no futebol também estão presentes no continente europeu, onde o número de atletas estrangeiros é muito grande. O camaronês Samuel Eto’o que joga no Barcelona já foi vitima algumas vezes de atos racistas, mas não por outro jogador e sim pela torcida adversária. Casos assim não são raros na Europa e mobilizaram alguns jogadores como o próprio Eto’o e o francês Thierry Henry, do Arsenal, a liderarem uma campanha contra o racismo no futebol.

Mesmo que os insultos estejam presentes dentro de campo o racismo deve ser chutado para bem longe dele. O futebol tem uma força muito grande e deve servir de exemplo para que o preconceito, o racismo e a xenofobia apareçam cada vez menos em nosso cotidiano.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ku Klux Klan: a sociedade do medo

Não dá para falar de xenofobia, e de crimes violentos ligados ao racismo, sem citar a maior sociedade xenofóbica já existente nos EUA: a Ku Klux Klan, também conhecida como KKK.

A KKK começou como uma brincadeira de Halloween em 1865, quando seis jovens do Tennessee resolveram fundar uma microssociedade secreta para se distrair. Para o nome, queriam algo indecifrável. Foi aí que um dos membros sugeriu a palavra grega kuklos, que significa ‘círculo, anel’ ( no caso, de amigos ), e outro a palavra inglesa clan. Juntando tudo, se tornou Ku Klux Klan.

Inicialmente, este grupo se reunia apenas para cavalgar a noite, vestidos sob lençóis e fronhas brancas. Com o ingresso de cada vez mais adeptos, logo a ‘brincadeira’ se tornou perigosa: o movimento racista estava no auge com a libertação dos escravos pelos vencedores da Guerra Civil Americana, e os inocentes passeios noturnos transformaram-se em perseguições a negros. Durou pouco: em 1872 o grupo foi reconhecido como entidade terrorista e banido.
A Ku Klux Klan que ficou famosa, entretanto, só foi fundada em 1915, em Atlanta. Há quem diga que motivada pelo lançamento do filme “O Nascimento de uma Nação”, que pintava o grupo como nobres cavaleiros que salvaram o Sul dos EUA da "anarquia negra". Esta segunda sociedade foi criada como uma organização fraternal e tinha como objetivo o domínio dos brancos protestantes sobre todas as outras raças. Era, entre outras coisas, anti-indígena, anti-amarela, anti-negra, anti-católica, anti-judia e anti-comunista.Nesta época, iniciou-se os linchamentos e outros atos violentos contra estes povos. Ameaçavam, perseguiam, torturavam, matavam, ateavam fogo nas casas e em seus próprios moradores.

A organização chegou a ter de 3 a 4 milhões de adeptos pelos Estados Unidos na década de 20, incluindo alguns políticos. Sua popularidade só começou a cair durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, e, assim, foi perdendo seu prestígio ao longo do século 20. Existem relatos de que alguns klanistas ainda insistiram e suscitaram uma retomada algumas vezes, porém nada surtiu grande efeito e, atualmente, seus 3 mil membros dedicam-se a distribuir panfletos racistas.

Como curiosidade, deixo aqui uma reportagem do blog Videversus, que fala sobre o condenamento, 40 anos depois, de um dos assassinos da Ku Klux Klan.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Crimes xenofóbicos

Como já foi postado anteriormente, os crimes causados por xenofobia têm crescido na Europa. Exemplo disso foi o caso na Rússia de um estudante de 18 anos que confessou ter matado 37 pessoas por razões xenofóbicas. Artur Rino é skinhead e alegou ter cometido o crime para “limpar a cidade” de caucasianos.
Rino foi autor do assassinato do empresário armênio Karen Abramian, que recebeu mais de 20 golpes de arma branca. E o de um cidadão tadjique, também morto a punhaladas.
Não consigo compreender a xenofobia como algo diferente de uma doença de fato. Já que a única explicação que se é cabível no caso desse estudante é a loucura. A idéia do ser superior a outros grupos, de querer “limpar” a sociedade, de se achar capacitado para tal dever é doentia. Cabe aos cidadãos restantes pesquisar mais sobre essa doença, esse crime, e estabelecer meios de oferecer tratamentos para que haja uma diminuição de casos dessa violência tão inaceitável.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Xenofobia na Austrália

A Austrália é hoje um dos países mais procurados em relação ao intercambio. O clima agradável, as diversas praias e os pontos turísticos são fatores que fazem estudantes de todo o mundo optar pelo país.

O povo australiano também tem fama de ser acolhedor, mas isso não tem acontecido ultimamente. Revoltados com a permanência de muitos estrangeiros têm surgido por lá, grupos e casos de xenofobia. Como um grupo de jovens que se denominam de “australianos puros”.

Um dos poucos casos registrados de agressões contra brasileiros foi o do estudante Rodrigo Antenor Nunes de Souza, 26. Que foi espancado por jovens australianos na virada do ano de 2006, em Gold Coast (1.251 km da capital Canberra). Segundo o irmão da vítima, um rapaz lhe pediu um cigarro, afirma, e ele negou, em inglês. O rapaz insistiu, e ele novamente disse que não, agora em português."Aí o rapaz gritou 'brazilian', e veio gente de tudo quanto é canto para agredi-lo. A namorada e os seus amigos saíram de perto e o perderam de vista", disse o irmão.

domingo, 2 de setembro de 2007

Só se for a dois

"Aos gurus da Índia
Aos judeus da Palestina
Aos índios da América Latina
E aos brancos da África do Sul
O mundo é azul
Qual é a cor do amor ?
O meu sangue é negro, branco
Amarelo e vermelho
Aos pernambucanos
E aos cubanos de Miami
Aos americanos, russos
Armando seus planos
Ao povo da China
E ao que a história ensina
Aos jogos, aos dados
Que inventaram a humanidade
As possibilidades de felicidade
São egoístas, meu amor
Viver a liberdade,
amar de verdade
Só se for a dois, só a dois, é
Aos filhos de Ghandi
Morrendo de fome
Aos filhos de Cristo
Cada vez mais ricos
O beijo do soldade em
sua namorada
Seja para onde for
Depois a grande noite
Vai esconder a cor das flores
E mostrar a dor, a dor
Eu digo, o mundo é azul
Qual é a cor do amor ?
O meu sangue é negro, branco
Amarelo e vermelho. " Cazuza

Acredito que esta música fala muito sobre a tolerância entre os povos e contra a violência entre pessoas de outras raças.

sábado, 1 de setembro de 2007

Crimes racistas aumentam na Europa

Um informe da agência européia dos direitos fundamentais concluiu nesta segunda-feira que casos de violência relacionados ao racismo aumentam nos países da União Européia.

A agência observou o aumento de delitos relacionados ao racismo entre 2000 e 2006. É o caso de França, Alemanha, Dinamarca, Irlanda, Polônia, Finlândia e Reino Unido.

O estudo classifica como preocupantes os sinais de violência praticada pela polícia contra imigrantes.

Essa mesma agência também afirma que um dos fatores para o aumento destes crimes é a falta de coleta de dados sobre esse assunto.

O relatório reúne dados do Observatório sobre Racismo e Xenofobia, com base em Viena.