sábado, 29 de setembro de 2007

Clássico infantil é acusado de racismo


“Tintim” é uns dos personagens mais famosos do mundo dos quadrinhos, mas tem sido constantemente acusado pelo conteúdo racista em suas histórias.

O movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos (MRAP), umas das mais importantes organizações francesas contra o racismo, solicitou a Editora Casterman, que publica diferentes álbuns de “Tintim”, que inclua na nova reedição do livro “Tintim no Congo” um alerta de “preconceitos raciais”.

Em julho desse ano a Comissão britânica para a Igualdade das Raças (British Commission on Racial Equality), acusou o livro de racista e pediu que ele fosse retirado de circulação. Em conseqüência dessas denuncias umas das grandes livrarias britânicas, Borders, resolveu tirar o livro da seção “literatura para crianças” e colocá-lo em “tiras cômicas para adultos”. Poucos dias depois um estudante do congo apresentou na justiça da Bélgica, uma queixa para denunciar o caráter racista da publicação e para solicitar suspensão da venda.

No início de setembro, o Conselho Representante das Associações Negras (CRAN), na França, considerou a tira ofensiva e solicitou à Casterman que a retirasse das livrarias. "Nesta tira cômica, os estereótipos sobre os negros são particularmente numerosos", afirmou Patrick Lozès, presidente do CRAN.

"Os negros são mostrados como imbecis e até mesmo os cachorros e os animais falam francês melhor", disse Lozès, recordando que o próprio autor da tira, Georges Remi (Hergé), havia reconhecido que teria escrito a tira "sobre forte influência da época colonial".

A primeira publicação de “Tintim no Congo” foi em 1930, lançada pela revista Belga Lê Petit Vingtième.

Um comentário:

Vitor Mazon disse...

Depois das acusações as vendas até aumentaram, ahhaha..