quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Ku Klux Klan: a sociedade do medo

Não dá para falar de xenofobia, e de crimes violentos ligados ao racismo, sem citar a maior sociedade xenofóbica já existente nos EUA: a Ku Klux Klan, também conhecida como KKK.

A KKK começou como uma brincadeira de Halloween em 1865, quando seis jovens do Tennessee resolveram fundar uma microssociedade secreta para se distrair. Para o nome, queriam algo indecifrável. Foi aí que um dos membros sugeriu a palavra grega kuklos, que significa ‘círculo, anel’ ( no caso, de amigos ), e outro a palavra inglesa clan. Juntando tudo, se tornou Ku Klux Klan.

Inicialmente, este grupo se reunia apenas para cavalgar a noite, vestidos sob lençóis e fronhas brancas. Com o ingresso de cada vez mais adeptos, logo a ‘brincadeira’ se tornou perigosa: o movimento racista estava no auge com a libertação dos escravos pelos vencedores da Guerra Civil Americana, e os inocentes passeios noturnos transformaram-se em perseguições a negros. Durou pouco: em 1872 o grupo foi reconhecido como entidade terrorista e banido.
A Ku Klux Klan que ficou famosa, entretanto, só foi fundada em 1915, em Atlanta. Há quem diga que motivada pelo lançamento do filme “O Nascimento de uma Nação”, que pintava o grupo como nobres cavaleiros que salvaram o Sul dos EUA da "anarquia negra". Esta segunda sociedade foi criada como uma organização fraternal e tinha como objetivo o domínio dos brancos protestantes sobre todas as outras raças. Era, entre outras coisas, anti-indígena, anti-amarela, anti-negra, anti-católica, anti-judia e anti-comunista.Nesta época, iniciou-se os linchamentos e outros atos violentos contra estes povos. Ameaçavam, perseguiam, torturavam, matavam, ateavam fogo nas casas e em seus próprios moradores.

A organização chegou a ter de 3 a 4 milhões de adeptos pelos Estados Unidos na década de 20, incluindo alguns políticos. Sua popularidade só começou a cair durante a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, e, assim, foi perdendo seu prestígio ao longo do século 20. Existem relatos de que alguns klanistas ainda insistiram e suscitaram uma retomada algumas vezes, porém nada surtiu grande efeito e, atualmente, seus 3 mil membros dedicam-se a distribuir panfletos racistas.

Como curiosidade, deixo aqui uma reportagem do blog Videversus, que fala sobre o condenamento, 40 anos depois, de um dos assassinos da Ku Klux Klan.

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