terça-feira, 11 de setembro de 2007

O Aumento da xenofobia pós 11 de setembro

Há exatos 6 anos o atentado de 11 de setembro aos EUA reforçou uma xenofobia em relação ao mundo islâmico pela forte associação criada entre islamismo e terrorismo. Entre discursos maniqueístas do presidente Bush, aprovações de leis que permitem detenção de estrangeiros baseada em critérios étnicos e religiosos, um indiano e um egípcio assassinados por serem confundidos com árabes, viu-se uma onda de preconceito e ódio muito grande direcionados e generalizando os muçulmanos. Do livro “O Islã” de Paulo Daniel Farah: “Vinte e cinco dias após os atentados, o Conselho de Relações Americano-Islâmicas já registrava 1.500 atos de hostilidade contra muçulmanos. As vítimas islâmicas dos atentados à Costa Leste norte-americana --entre 600 e 1.400, segundo estimativas-- praticamente não foram citadas.”.

Forte colaboradora para essa xenofobia é a ignorância existente nos países ocidentais sobre a cultura Islâmica. A maneira de menosprezar essa cultura e de não estudá-la para melhor compreendê-la. “A visão que países como França, Reino Unido e, mais recentemente, Estados Unidos apresentam do Oriente Médio --berço do Islã - muitas vezes visa referendar práticas político-econômicas de cunho colonialista. Conceitos difundidos por orientalistas, como "mentalidade árabe" e "caráter tipicamente islâmico", por exemplo, são fruto de ignorância, ingenuidade ou má-fé deliberada, além de um complexo de superioridade que está no cerne de historiografias infelizes. Essa mistificação também serve de base, com freqüência, para intervenções militares que poderiam ser evitadas com uma análise mais profunda.” Também do livro de Paulo Farah.

É inegável que essa xenofobia pode ser compreendida, uma vez que o atentado às Torres Gêmeas foi um massacre e que de fato houve essa associação de terrorismo e islamismo, mas ao mesmo tempo, o egocentrismo e o forte ego norte-americano foram tembém grandes geradores de toda essa situação.

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