quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Estudo de Universidade alemã aponta xenofobia crescente

Um estudo que vem sendo realizado há mais de dez anos pela Universidade de Bielefeld, na Alemanha, aponta rumos nada alentadores para o país. A pesquisa analisa as tendências da sociedade alemã diante de pequenos grupos sociais.

Segundo o professor Wilhelm Heitmeyer, coordenador do projeto, existe um crescente abismo entre as diferentes classes e grandes níveis de xenofobia e aversão a minorias. O estudo mostrou que mais de 65% da população alemã possuem posições xenófobas e acreditam que a quantidade de estrangeiros que vivem na Alemanha é alto demais.

Um dos fatores mais alarmantes observados pela pesquisa, porém, é o fato de quase 58% das pessoas declararem não poder se imaginar vivendo em um local habitado por muitos muçulmanos. Ou seja, uma ‘islamofobia’ declarada.

Diante de uma postura como essa podemos esperar desintegração social, segregação étnica e o recuo dos migrantes com a formação dos guetos. "Isso deveria ficar claro: se entre a população existem posições avessas ao islã e, de certo modo, aos muçulmanos em geral, isso acaba sendo a água que move os moinhos de grupos islâmicos extremistas", declarou Heitmeyer.

Podemos compreender, portanto, que enquanto os muçulmanos não forem tratados como iguais e sem preconceitos pela grande massa da sociedade, os grupos extremistas nunca deixarão de agir para defender seus direitos. Mesmo que, para isso, usem métodos pouco convencionais.
Créditos da foto para CMI Brasil

Nenhum comentário: